Extensão de cílios: charme que pode virar risco para a saúde dos olhos

Dra. Eduarda Resmini alerta para complicações como queda dos cílios naturais, infecções e olho seco. Procedimento exige escolha criteriosa de profissional e cuidados oftalmológicos.

Extensão de cílios: charme que pode virar risco para a saúde dos olhos

Foto: ALU PRODUTORA

A extensão de cílios conquistou quem deseja realçar o olhar, mas, segundo a médica oftalmologista Dra. Eduarda Resmini, o procedimento exige atenção redobrada para não colocar a saúde ocular em risco.

"Escolher uma boa profissional e saber exatamente qual técnica está sendo utilizada é essencial", orienta a oftalmologista.

De acordo com Dra. Eduarda, complicações podem surgir devido ao peso dos cílios artificiais ou à aplicação inadequada dos fios. "O próprio peso pode ocasionar uma tração excessiva e levar à queda dos seus cílios naturais futuramente", alerta.

Outro ponto importante é o acompanhamento médico após o procedimento:

"É fundamental acompanhar o pós-procedimento", reforça.

Entre os problemas mais comuns, a especialista destaca a inflamação das pálpebras (blefarite), a formação de tersóis, o surgimento de calázios e até infecções graves como a celulite periorbital — infecção da pele ao redor dos olhos.

"O cílio postiço é um corpo estranho. Ele pode alterar a qualidade da lágrima se for implantado próximo às glândulas de Meibômio, levando ao desenvolvimento de olho seco", explica.

A Dra. Eduarda também chama atenção para o risco de infecção:

"Dependendo da técnica realizada e do local de aplicação, o procedimento pode causar inflamações, infecções e complicações muito sérias", alerta.

Apesar dos riscos, a médica ressalta que a extensão de cílios pode ser feita com segurança:

"Acredito que você pode fazer a extensão de cílios, mas de uma maneira adequada e com os cuidados pós-procedimento corretos", afirma.

Por isso, a orientação é clara: escolha uma profissional capacitada, informe-se sobre a técnica utilizada e, ao menor sinal de desconforto, procure o oftalmologista.

"Qualquer sintoma diferente deve ser investigado rapidamente para evitar complicações maiores", conclui Dra. Eduarda.

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